Qual
é a esposa de pastor que nunca se viu em uma situação tal em que lhe pesasse o
coração com excessiva ansiedade?
Angústia,
desejo ardente ou incerteza aflitiva de maneira desmedida, exagerada. Estes momentos
não estão longe de nós.
Fatores
alheios a nós e fatores que se encontram em nosso íntimo provocam a tristeza no
coração e a alma fica amargurada com o espírito atribulado.
Os
fatores externos visam nos irritar, nos
estressar ao máximo, nos fazer perder o controle, o domínio de nós mesmos. Os
fatores internos (pessoais, íntimos) pesam sobre nós com tamanha violência,
muitas vezes, que não conseguimos ou não podemos falar com ninguém. Nossa atitude é de choro e
tristeza.
Você
consegue imaginar esses dois fatores juntos? Ah, como sobreviver a isso? Como vencer? Como orar?
Como adorar? Nem mesmo palavras pronunciadas por quem nos ama e atos de bondade para conosco, não conseguem
conter o excesso de ansiedade.
A
Bíblia nos mostra um momento especial na vida de uma mulher que estava sofrendo
assim. Esta mulher era casada com um homem temente a Deus e ela igualmente
temia ao Senhor. “Pelo[1]
código de Hamurabi, se a primeira mulher, a amada, fosse estéril, o homem podia
casar-se com uma segunda. A permissão era dada somente no caso de esterilidade.
O mesmo dispositivo conjugal passou para a lei judaica”, assim, ele tinha
duas esposas. E aí se encontrava um dos fatores externos. O outro era
justamente a rival, a outra esposa. Internamente esta mulher sofria em sua
própria particularidade em não poder ter filhos, era estéril. Que situação!
Ana
estava com excesso de ansiedade. Sua rival a importunava, a irritava
propositadamente sempre que Ana ia à Casa do Senhor adorar a Deus. O que fazer?
Seu esposo a amava, sim.[2] Mas, Ana sofria, chorava e
não tinha nem vontade de comer. Seu coração era triste.[3] Com quem falar? Quem a
ajudará? Como vencer?
Hoje
um casal não ter filhos parece-nos normal. Mas para uma mulher judia naquela
época era algo terrível. Era como se Deus a esquecesse. Além do mais, havia a
promessa do nascimento do Salvador que nasceria de mulher. Qual mulher naquela
época não desejaria ser a mãe do Messias?
Mesmo
assim, hoje em nossa sociedade ocidental e pós-moderna, as mulheres casadas e
que não têm filhos sofrem certo preconceito, muitas vezes, veladamente.
Só
teve um jeito para Ana. Ela tomou uma atitude. Ela “levantou-se”[4].
No
templo, o Sacerdote estava ali, porém ela não conversou com ele. Simplesmente
levantou-se do jeito que estava “com amargura de alma” e, “orou ao SENHOR” e “chorou abundantemente”. Não se ouvia palavras, mas seus lábios se
moviam numa intensidade que o Sacerdote Eli a teve por embriagada com vinho[5].
Somente
haverá uma mudança quando decididamente orarmos ao SENHOR e choramos muito na
presença Dele, O Único conhecedor de nossas amarguras, lágrimas e tristezas.
Ana derramou seu coração pesado, toda sua aflição, todo excesso de ansiedade.
Seu espírito atribulado encontrou perante o SENHOR um lugar onde derramar-se.
Ela falou, não audivelmente, mas no seu coração, interiormente.[6]
Não
poderá ser assim conosco? Muitos nos tomarão por “embriagada” com alguma bebida
forte, louca, sem fé, sem noção de onde estamos ou que posição temos. Não
importa. O peso no coração nos fará clamar a Deus e colocaremos o “excesso de ansiedade”[7]
NAQUELE capaz de compreender e agir eficazmente em nós. E os de fora verão e
entenderão que é a DEUS nossa petição.[8]
Não
sei quais fatores externos e internos te afligem neste momento. Talvez, não
seja questão de esterilidade. Uma coisa eu sei: fala! Fala com DEUS! Fala de
maneira imperceptível aos olhos humanos, mas sublimemente debaixo da percepção
sem igual do SENHOR! Esqueça sua posição: ORE! CHORE! Diante de DEUS. Só assim Ana
voltou a comer e seu rosto já não demonstrava tristeza[9]. Só assim Ana alcançou a
bondade do SENHOR e louvou a ELE com o nascimento de Samuel.[10]
A
experiência e o testemunho de Ana servem para mim como modelo.
A
oração a DEUS é a chave para nos vermos livres do excesso de ansiedade causados
por fatores externos e internos. Provavelmente, sofreremos influências desses
fatores, mas teremos vitória se, tão somente, tomarmos a atitude de nos levantarmos e orarmos
ao SENHOR.
Em
JESUS CRISTO, AQUELE que excessivamente nos amou de tal maneira.
Abraços
fraternos
Ethel
Martins
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